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quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu não estou fazendo nada de errado

"Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores. Eu não estou fazendo nada de errado. Só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas."
 
(Caio In Morangos Mofados)
 

terça-feira, 29 de março de 2011

O ser daninho quer me fazer feliz!, pode meu Deus?

Sentimentalóide ou não, melancólica ou não, patética ou não, ridícula ou não, lânguida ou não, a verdade é que quando te vejo ou até mesmo quando penso em você, o meu coração volta a pular e a reagir da forma que eu menos esperava que pudesse reagir. Ele destrói, em segundos, a muralha de acidez que eu havia construído à sua volta - desde os tempos do ladrãozinho - e o jardim - que antes se fazia ausente - ressurge das cinzas das flores queimadas. Eu, PhD em sofrimento, e especializada em bio-desilusão, me deparo com um ser daninho feito você, que se diz disposto à me fazer feliz. Veja bem: o ser daninho quer me fazer feliz!, pode meu Deus? Agora, eu cá penso com meus botões: será que eu, Valentina, crítica, ácida e sem escrúpulos para o amor - palavra seca, até então - mereço que destruam assim sem meio-mais a minha muralha tão bem construída e tão bem concretizada ao longo dos tempos? Me diga, Deus, será se eu mereço isso? (Dai-me logo a resposta, eu necessito urgentemente sair de tal situação antes que seja tarde, para poder dar início à construção de um novo muro!)

(Maria Valentina)

sábado, 26 de março de 2011

Humildade máxima

O meu dia só existe porque você existe dentro dele. Hoje existir me dói feito uma bofetada. Porque se você não vem é como se o tempo fosse passado em branco, como se as coisas não chegassem a se cumprir porque você não soube delas. Tudo dói, e eu já nem sei mais para onde ir nem o que fazer, se ao menos – você me amasse um pouco, não estaria aqui e agora, neste bar, sozinho, longe de você e de mim. E se você vem, fica tudo maior, mais amplo, sei lá, mas é como se eu existisse dum jeito mais completo, compreende? Se ao menos dessa revolta, dessa angústia, saísse alguma coisa que prestasse. Qualquer coisa: eu teria ao menos algo em que me segurar, qualquer coisa. Só eu sei que cheguei à humildade máxima que um ser humano pode atingir: confessar a outro ser humano que precisa dele para existir. E no momento em que se confessa a precisão, perde-se tudo, eu sei.

(Caio Fernando Abreu)

Bobo!

'Ele gostava quando ela dizia "Sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem tenho com você." Ela gostava quando ele dizia "Engraçado, você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo." E de quando ele falava "Calma, você tá tensa, vem cá", e a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito. Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia "Bobo, você não passa de um menino bobo".'
(Caio Fernando Abreu)
"Sempre assim, sempre igual: aparece inconstante, não demonstra sentimento, nem mesmo consciência do mal que causa cada vez que (des)aparece... Retomando o passado, arrancando do esquecimento o prazer que já fingíamos não existir. Palavras que queimam, que ferem a pele maltratada, e que, num súbito imediato, transforma-se em remédio para a cura da dor que vem de dentro. (...) Sucedem-se suspiros desnecessários, mãos que se congelam repentinamente, arrepios, olhares profundos, que falam mais que qualquer boca... E dentre tantas sensações, aquela que mais se destaca, por ser a mais dolorosa, é aquele ardor que vem de dentro do peito, dilacerando todas as dúvidas existentes, passíveis à mudanças de significado."

(Maria Valentina)

Summer

"Por todas as noites do verão, eles se falavam: ela, ouvia dele palavras que nunca pensou que um dia fosse ouvir de alguém; ele, dizia coisas à ela que nunca pensou que um dia fosse falar para alguém. E, durante essas mesmas noites, desejavam estar sempre perto um do outro. Embebedavam-se ambos, com a lua cheia, que lhes enchia ainda mais de desejo. Ela, sentia-se sempre com o corpo à flamejar, pegar fogo de puro amor. Ele, já sentia no peito o tal formigamento que se sente quando se está apaixonado. (...)"

(Maria Valentina)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dez é pouco, vinte é bom, trinta é demais: e não menos exagerado!



*Reblogando do Tumblr da Ana Maria! E, só pra ressaltar, à respeito da imagem: não percam tempo meninos!!
*Aninha, parabéns pelo 'She love', é lindo!
*E, finalizando, para quem interessar-se em saber a origem da foto, aqui está o lugar onde não só ela poderá ver, mas também outros lindos posts: http://shelove7.tumblr.com/  (She Love).
 

sábado, 19 de março de 2011

"Um mais um será sempre igual a dois. Um menos um, zero. A morte é matemática. A vida, não. A vida é delicada e inexata. É pra quem sabe brincar de poesia."

(Cris Guerra)

*Reblogando do 'Costurando Estrelas'. Achei esse post super... ! Parabéns Noe, o teu blog é lindo :)

Lânguida

Esses dias eu estava esperando algo que faltasse, algo que aparecesse para me guiar de alguma forma... E ontem, enfim, eis que ela resolveu dar o ar da graça... Luna querida, como vão as suas Estelas? Passam bem? E os Astros, como têm andado? Sabe, luazinha, por aqui as coisas têm passado tão melodramaticamente. Sim, é um estado de pura languidez. Melodrama lânguido, sabe? Mas não, é uma parte lânguida que se mantém em pé, não daqueles que te põe amarrada ao pé da cama e te sufoca cada vez mais com os acontecimentos e passagens sentimentalóides sem o menor gosto. É, dear moon, por aqui poucas coisas tem me alimentado. Esses dias e noites têm sido bastante cinzas. O arco-íris só veio mesmo aparecer depois daquela garoa do outro dia, sabe? É, aquela que me lavou a alma por dentro. Estive vários dias enfurnada dentro do meu próprio eu, tão eu-eu-comigo, Luninha. As suas Estelas até vieram me consolar também dia desses aí. Me mostraram um brilho tão ofuscante que até me surpreendi, pois havia tempos que não sentia tão maravilhada assim. Até que pude me libertar aos poucos desse estado patético. Elas anunciavam a tua chegada e me avisavam que algo iria mudar. Confesso, mudou sim, pouco, mas mudou: a Valentina aqui passou a ser - 5% - mais doce. Mas não pense que deixei de para trás o meu modo vil de ver as coisas. Isso é o que vai ficando de mim em mim antes, durante, e depois de todas as tempestades e naufrágios. Nunca deixarei de ser ácida, essa é que é a verdade. Mas, que-se-há-de-fazer? A minha acidez é de fábrica. Muito obrigada por me banhar com o teu brilho e com a tua luminosidade. Até qualquer outro dia cinza. Beijos de luz!

(Maria Valentina)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Descompassadamente

Sim, eu conheço uma estorinha de dois raios caídos no mesmo lugar, acredite! Aliás, posso dar nome à esse advérbio de lugar: chama-se coração. Um órgão humano considerado o essencial para a vida, capaz de comportar os melhores e até os piores sentimentos já descobertos. O coração em questão, digo, a dona do coração, era uma menininha tão doce, mas tão doce, que a sua doçura envolvente poderia até modificar vidas e vidas por onde passasse, sem levar qualquer sentimento ou estado de espírito que se comparasse à algo daninho. E por onde passava, era reconhecida por sua beleza, seu sorriso, que possuía um brilho inexoravelmente encantador; seus trejeitos complexos, suas manias mínimas que lhe caracterizavam, seu perfume, que era uma espécie de conjunto dos outros perfumes das pessoas que conhecia; suas inúmeras formas de ver o mundo, e uma infinidade de adjetivos que qualificavam-na como um anjo. Mas é claro, até os anjos têm defeitos, e o seu maior (e pior) era dar valor à tudo o que lhe diziam. Acreditava, pois, que todos eram sinceros e francos com ela, que as palavras que escutava eram todas veritas*. Nunca lhe passou pela cabeça que pudessem ser ilusórias e utópicas. Bastou um ser daninho entrar em sua vida para que essa sua concepção mudasse. Ele a iludiu com palavras e, o modo como se portava diante dela, era logicamente perceptível de que as suas intenções eram outras. Ela, por mais doce que fosse, a sua ingenuidade assombrava. Durante o período de um ano, se conheceram e se apaixonaram, mas por ironia do destino ou talvez até por mais uma das artimanhas da própria vida, foram pegos de surpresa por um descompasso enorme, e por uma impaciência, juntamente com um conjunto de ópera lírica que era de partir o coração. Não podiam ficar juntos por mais que essa fosse a vontade de ambos. A opinião alheia era muito contrária aos sentimentos da menina-anjo, e o seu amor por aquele garoto-daninho era cada vez mais forte. Enfim descompassados, esse foi o primeiro raio. O segundo, veio um tempo depois... Cerca de uns 3 anos após o afastamento do anjo e do ser daninho. Não mudou em muito: a estória se repetia e, mais uma vez, aquele doce de menina também foi utopicamente vencida. Não pensem que esse ser dos céus perdeu o seu brilho. Não! Do contrário: continuou altiva, nunca abaixou a cabeça para nada e, sempre soube tocar o barco adiante por mais que fosse doloroso remar sozinha. Há uns dias atrás, eu revi a garotinha angelical que conheci no período do seu primeiro raio. Perguntei-lhe o qual tinha sido o fim dessa obra romancista, e obtive a seguinte resposta: "Pude perceber que as palavras foram as que mais me prejudicaram e o nosso descompasso foi a pior consequência delas. Todos achavam que iríamos nos afastar porque as suas palavras nos diziam que era impossível cultivar algo que não teria sucesso algum. Há 3 dias eu revi o meu primeiro raio e conversamos por horas até que decidimos que tocaríamos o nosso barco sem muitas cobranças e muito menos sem dar atenção ao que concerteza iria nos ferir. Planejamos que daqui a 3 anos tudo se fará como quisermos, e todas as palavras utópicas que foram escritas, apagaremo-nas e daremos uma chance para o nosso destino. Ele se encarregará de dizer se elas continuam ou não sendo ilusórias." (...) Lhe desejei boa sorte e lhe disse que "dar chance para o futuro se valendo do presente é mais satisfatório do que se valer de passado para tal feito." E assim se seguiu a estória dos raios e da menina-anjo, que espera nunca mais ser descompassada pelas palavras fictícias.

(Karla Vivianne)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Talvez

"Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas.  Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas musicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não."
 
(Caio Fernando Abreu)

Caso contrário...

"Se você vai tentar, vá até o fim
caso contrário, nem comece."

Charles Bukowski

quarta-feira, 16 de março de 2011

Nada mais sei sobre você, além do que sobrou

"Fazem meses (semanas) que não te vejo, 'que não falo com você'. Não sei se você está bem, se está estudando, se está gostando de outro alguém ou se às vezes ainda sonha comigo. Nada mais sei sobre você, além do que sobrou. Recentemente vi umas fotos suas, o corte de cabelo ainda era o mesmo, o físico, o estilo de roupas. Mas tinha algo diferente, eu sei que tinha, porém, como eu poderia explicar? Era algono seu olhar castanho escuro, como se faltasse algo por dentro de você. Erao formato dos traços do seu sorriso, como se tivesse perdido um pedaço de você... Então lembrei, talvez o que faltava, era o pedaço de você que eu levei comigo, e não consegui te devolver."

Acho que a parte bonita que eu via em você, levei comigo. Hoje não vejo mais, não consigo ver.


(Caio Fernando Abreu; Karla Vivianne)

terça-feira, 15 de março de 2011

Ruynara Alves ♥


Tá vendo essa flor aí fazendo pose estilo "paz&amor", pra você e pra mim? Pois é, hoje ela tá mais linda ainda, mais do que antes. A minha florzinha tá completando ano *-* E tá ficando cada vez mais flor! São tantos anos do teu lado, né amora? Tantas coisas juntas, tantos momentos inesquecíveis, tantas conversas jogadas fora, tantos babados!, taaantos conselhos, e taanto amor (pra fechar o pacote)... Quanta coisa, não? Eu que o diga. E você, assim como eu sei que também tenho, têm uma parte fundamental na minha vida, que me fez e faz crescer até hoje: que é o teu carinho e a tua admiração por mim. Eu te sou eternamente grata por me ouvir todas as vezes que precisei de alguém pra desabafar. Por me aturar todas as vezes que precisei chorar por raiva ou tristeza de alguma coisa, ou alguém. Por me apoiar todas as vezes que tive que cometer insanidades, que até então, não me causaram arrependimento algum. E, finalmente, por me fazer acreditar, que com fé, força, e todos os sentimentos que movem um ser humano para que ele se torne melhor, que é possível sim, mudar, se reinventar e nunca baixar a cabeça pra qualquer dificuldade ou obstáculo que apareça pelo caminho. Por esses e, por muitos outros motivos que eu hoje, mais do que ontem, e mais do que há 4 anos atrás, te desejo todo bem e toda a felicidade que já pôde existir! Sabe aquele bem enorme que você me fez e sempre irá me fazer? Isso, esse aí mesmo que tá saltitando agora aí no teu coração... Pois é, nem se você triplicasse ele, não resultaria no bem que eu to sentindo agora em saber que você fez e fará parte da minha vida por um bom tempo!... Enfim, por cada palavrinha aí, eu hoje só queria que através delas você soubesse que eu te amo muito!!! E que te desejo todo amor, paz, saúde, felicidade e tudo que há de melhor nesse mundo! Que você seja muuuito feliz! E que consiga realizar toodos os teus sonhos, porque, além de mim, você também têm outras pessoas que te querem muito bem, e que só querem te ver feliz! Por hoje e por todo o tempo que durar a nossa amizade: te amo! Feliz Aniversário!
Carinhosamente,
Da pequena aqui que te ama demais!


*Ps.:Chora não! :)
TE AMO

(Karla Vivianne)

Seja você!

"Acorde, garota! Você é linda, inteligente, tem um ótimo perfume e seus olhos brilham mais que um punhado de purpurina. Por que chora? Perdeu em alguma esquina seu encanto?! Ninguém pode tirar de você seu mais belo sorriso, motivo de idas e vindas saltitantes. Coloque sua música favorita para tocar, respire fundo e faça o que de melhor sabe fazer: ser você!” 
(Caio Fernando Abreu)
 -
*Presente da doce e iluminada Ana Maria *-* Mais uma das suas surpresinhas que me deram alegria e, me fizeram sorrir novamente! Muito obrigada minha luz! :)


Karla Vivianne.

segunda-feira, 14 de março de 2011



 

Polisipos

Nada me faz tão confusa agora do que os meus próprios pensamentos. Desenho e colo sorrisos amarelos no rosto. Desenho e colo sorrisos amarelos no rosto. Desenho, e colo, sorrisos amarelos no rosto. Batendo sempre na mesma tecla: a confusão se alastra do coração ao cérebro, e este, envia sinais para o sistema nervoso para que o corpo aja conforme foi submetido. Mas por aqui tudo têm sido polisipo - pausa na dor, você sabe! Tudo têm se arrastado pausadamente. E é muito mais dolorosa a pausa do que a rapidez. Para esta outa, quase nem se sente nada - na maioria das vezes. O mais irônico é que a pausa tende a ser mais rápida até que a própria rapidez. Não entendeu? Simples: a pausa na dor aparenta ser demorada, mas realidade, realidade mesmo, nem é. A sua ligeireza é tanta à ponto de ultrapassar a rapidez. Mas lógico, estistem excessões: como é o caso da dor do romantismo da segunda geração brasileira. Mais parece um teatro de sentimentalóides e melancólicos e,... Pulemos essa parte. Voltemos aos dias polisipos, que têm demorado bastante para se irem. Mas, acho que estão até me fazendo bem, porque de alguma forma estou sabendo o que fazer diante dessa situação. Eu não costumo desaprender o que me ensinam: sempresoube tirar proveito de qualquer situação, sendo ela boa, ou ruim.

(Maria Valentina)

*Dedicatória: Joara Magna (com todos os créditos).

domingo, 13 de março de 2011

Era uma relação bonita a daqueles dois...

"Doralice era uma menininha simples, de trejeitos complexos. Poucos a compreendiam. E entre os poucos, estava Joca, também muito simples, porém de uma ingenuidade quase que inabalável. Ela era como borboleta: aparentava ser a flor que o vento se dispunha a carregar e a levar para onde se destina. Vivia por apreciar a doçura do verbo viver. Era amante da família, e dava valor ao que realmente lhe importava: o amor. Em sua complexidade, a sua vissicitude era o que mais lhe caracterizava: estava sempre em mudança constante. O seu olhar transmitia o que, com a boca carnuda, não conseguia pedir. O seu sorriso, iluminava... Principalmente se este viesse cheio de fé, e conseguisse mudar subtamente a vida de um outro alguém. E quando esse alguém era o menino João Carlos, o encanto era visivelmente e, encantadoramente surreal. Ele, era especialista nos jeitos, bijeitos, trejeitos de Dora. Sabía do que ela mais gostava e até do que ela menos simpatizava. Era uma relação bonita a daqueles dois. Mal sabiam eles, que mesmo pequenos e, de certa forma, ingênuos, estavam diante da mais bela e mais simplória relação que já existiu. Ele, por ser inocentemente lindo, e ela, por ser utopicamente complexa: ambos padeciam de um sentimento cujo o 'objetivo' principal é fazer com que todos que o sintam, estejam passíveis às mudanças, às belezes, e aos prazeres que ele pode proporcionar."

(Karla Vivianne)

Não negue, apareça. Seja forte!

Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?

Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias.

É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios. Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?

Não quero saber de medo, paciência, DISTÂNCIA, tempo que vai chegar.
Não negue, apareça. Seja forte.

(Caio Fernando Abreu)

sábado, 12 de março de 2011

Percepção tardía

Você lembra que me prometeu que viria me ver e que seria tão perfeito o nosso encontro? Você lembra que me disse que era para eu te esperar naquela nossa rua, toda enfeitadinha, cheia de nós constituídos por dois eus? Lembra que me disse para aparecer sempre à tardinha, quando o sol estivesse se ponho e a lua lutando para brilhar e chamar atenção lá da outra ponta? Você lembra também quando me disse que essas seriam as suas melhores tardes porque você estaria comigo? E lembra que disse que era para eu te esperar sempre com uma rosa vermelha presa ao cabelo (dando um efeito de mulher-ultra-perfeita-numa-tarde-super-perfeita)? Pois é, desde esse dia que eu lembro de passar todas as tardes, naquela nossa mesma ruazinha, com uma rosa no cabelo, e sempre, sempre, quando o sol já está se indo e a lua em sua luta. Desde esse dia, eu sento no banquinho que deixei lá desde a primeira vez que você esqueceu de passar para me ver. Já está até velho ele, mas ainda tem a mesma eficácia de sempre: me fazer lembrar das suas promessas e dívidas. Pois é, desde esse dia que eu passo as tardes assim: lamuriando a tua ausencia. Você nunca lembrou que sempre teria uma mulher a tua espera, na rua que você sonhou, e do jeito que você sempre imaginou que seria. É uma pena você ter percebido tarde que essa mulher existiu algum dia. É por isso que agora eu já não sento mais naquele banquinho: eu agora o troquei pela cadeira do bar da esquina, e chego lá pedindo o de sempre: a velha dose de amnésia, e as duas doses de desapego, que é para ver se te esqueço de vez!


(Maria Valentina)

terça-feira, 8 de março de 2011

"Mulherões"

Peça para um homem descrever um mulherão.Ele imediatamente vai falar do tamanho dos seios,na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos.Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80m, siliconada,sorriso colgate.Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas. Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma a cada esquina.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus por dia para ir ao trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome. Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matricula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 reais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana. Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento. Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça,ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista. Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos para a natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para a cama, conta histórias dá um beijo e apaga a luz. Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava roupa pra fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão. Mulherão é quem cria filhos sozinha, quem dá expediente de oito horas e enfrenta menopausa, TPM, menstruação. Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios. Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio pra azia.
Longa vida às mulheres lindas de morrer, mas mulherão, é quem mata um leão por dia!

(Martha Medeiros)

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Mães, únicas, lindas, heroínas, especiais, românticas, exuberantes, extravagantes... Simplesmente mulheres!!
E mais: guerreiras, fortes, batalhadoras... Vaidosas, simples, complexas... Eu poderia passar o resto do ano colecionando adjetivos para definir o sexo frágil! Infelizmente o dia delas é só um. Poderia ser todos os dias do ano, afinal, são nesses mesmos dias que corremos atrás do que nos é importante! Então, sintam-se bastante homenageadas não só neste dia, mas em todos os dias do ano!!

Feliz dia das Mulheres, seus Mulherões! :)

(Karla Vivianne)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sarah Vasconcelos :)


Olha que linda *-* Num é? Demais :) Ganhei esse presente tem uns 4 anos, e foi um dos pacotes que eu não me arrependi de ter aberto! Ganhei de presente, e quem me deu ainda disse que tava na promoção. E realmente, eu concordei: com ele vieram mais 3 *-* Bom, se é sorte eu não sei, mas que foi uma verdadeira surpresa, ah isso foi! [...] Hoje, ela tá ficando mais velhinha, fazendo aniversário :) E o que é que a gente deseja pra uma amiga no dia do aniversário dela? Saúde pra continuar do meu lado! Paz, pra que nada possa nos acontecer! Sucesso, pra que tudo na vida só prospere. Amor, pra dar, vender, e dispertar inveja (boa)! Só as coisas que realmente nos importam! E é só o que eu espero receber. (...) Amiga, to aqui reforçando o meu desejo de felicidade pra ti! Não só hoje, mas todos os dias! Que você seja muito, mas muito feliz mesmo! E que tu consiga realizar todos os teus sonhos! Muito obrigada por fazer parte da minha história! E mais ainda por ajudar a mudá-la. :) Te desejo uma fé enorme, e um dia de muita paz, e luz! Tudo de bom pra ti minha flor! I love you so much ♥

(Karla Vivianne)

domingo, 6 de março de 2011

Era como um dragão

Era como um dragão, e agia como tal. Mas foi evoluindo e passando a ser o que eu menos esperava que fosse. Agora se comportava como um gentleman. Me respeitava, respeitva à si próprio. Tínhamos situações um tanto quanto inusitadas e, ao mesmo tempo, premeditadamente, surreais. [...] Por situações como essa, eu o amava. E o amo ainda, quem sabe mesmo agora, quem sabe mesmo sem saber direito o significado exato dessa palavra seca - amor. Se não o tempo todo, pelo menos quando lembro de momentos assim. Infelizmente, raros. (...)

(Karla In 'Fragmentos')

sexta-feira, 4 de março de 2011

Hoje é já outro dia

Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto.
 
(Caio Fernando Abreu)

É por isso que eu tenho medo

"Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama."

(William Shakespeare)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Seja diferente!

"Existem, durante a nossa vida, sempre dois caminhos a seguir: aquele que todo mundo segue e aquele que nossa imaginação nos leva a seguir. O primeiro pode ser o mais seguro, o mais confiável, o menos crítico, o que você encontrará mais amigos, mas você será apenas mais um a caminhar. O segundo com certeza vai ser mais difícil, mais solitário, mas também, o mais criativo, mais original possível. Não importa o que você seja, quem você seja, ou o que deseja na vida, a ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é. E será assim que as pessoas lembrarão de você um dia."
(Ayrton Senna)

Invariavelmente


terça-feira, 1 de março de 2011

Meio piegas

Tenho passado por semanas difíceis. Estou tendo que suportar dias nada fáceis. Tendo que ver, rever e trasnver até que ponto cheguei e até onde posso ir. Horas e horas imaginando algo que eu possa fazer para que tudo seja como eu quero, e que me faça feliz. Eu já tentei desabafar para as paredes, e até para os quatro cantos do mundo, mas quando o assunto é o bandido do coração ninguém gosta de dar conselhos, fica com eles para si. E é aí que entra o advogado arrependimento. Quando se está preso, e precisa-se de um habeas corpus pra responder um processo em "liberdade", é aí que o arrependimento bate na porta para tentar te salvar dessas encurraladas. Acontece que eu botei na cabeça que eu só vou me arrepender daquilo que eu ainda não fiz. E acontece também que, pensando nisso, eu chego a conclusão de que eu não tenho para onde fugir: eu ainda não fiz o que eu quero fazer por medo das retaliações. E o que que se faz quando se tem medo da verdade? A gente foge. E foge achando que o tempo vai curar tudo aquilo o que estamos sentindo. Engana-se quem pensa que o tempo cura todas as feridas. Contraditoriamente, ele só tira o incurável do centro das atenções. Mas o que se há de fazer? Dessas coisas meio piegas, eu nunca quis distância mesmo. Eu já até acostumei. Acredite!

(Karla Vivianne)