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segunda-feira, 14 de março de 2011

Polisipos

Nada me faz tão confusa agora do que os meus próprios pensamentos. Desenho e colo sorrisos amarelos no rosto. Desenho e colo sorrisos amarelos no rosto. Desenho, e colo, sorrisos amarelos no rosto. Batendo sempre na mesma tecla: a confusão se alastra do coração ao cérebro, e este, envia sinais para o sistema nervoso para que o corpo aja conforme foi submetido. Mas por aqui tudo têm sido polisipo - pausa na dor, você sabe! Tudo têm se arrastado pausadamente. E é muito mais dolorosa a pausa do que a rapidez. Para esta outa, quase nem se sente nada - na maioria das vezes. O mais irônico é que a pausa tende a ser mais rápida até que a própria rapidez. Não entendeu? Simples: a pausa na dor aparenta ser demorada, mas realidade, realidade mesmo, nem é. A sua ligeireza é tanta à ponto de ultrapassar a rapidez. Mas lógico, estistem excessões: como é o caso da dor do romantismo da segunda geração brasileira. Mais parece um teatro de sentimentalóides e melancólicos e,... Pulemos essa parte. Voltemos aos dias polisipos, que têm demorado bastante para se irem. Mas, acho que estão até me fazendo bem, porque de alguma forma estou sabendo o que fazer diante dessa situação. Eu não costumo desaprender o que me ensinam: sempresoube tirar proveito de qualquer situação, sendo ela boa, ou ruim.

(Maria Valentina)

*Dedicatória: Joara Magna (com todos os créditos).

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