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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pra sempre teu, Caio Fernando!

Hoje, à exatos 15 anos, Porto Alegre perdia um dos melhores - a meu ver - escritores e dramaturgos da literatura brasileira. É e sempre será uma data que marca uma das perdas mais inestimáveis da história. Poucos o conhecem e muitos o admiram como tal. Não é atoa que o seu reconhecimento chegou até Paris. (...) Faço questão de falar de ti Cainho, porque tu já é peça fundamental no meu quebra-cabeça. Indescritivelmente, tu te tornou uma das minhas fontes mais inspiradores para que eu pudesse dar início ao que, hoje, eu faço de melhor: brincar com as palavras, costurar versos, poemas e poesias. E é graças à ti que também pretendo continuar realizando isso até o fim dos meus dias. Descobri a pouco tempo teus sentimentos por entrelinhas de teus versos e te compreendi, e me identifiquei contigo. Também sou Virginiana como você, e nascemos no mesmo dia: 12 de Setembro - com a diferença de 32 anos. Me sinto parte da tua história. Me sinto parte da vida de alguém que se foi e que deixou uma herança cultural enorme à ser disfrutada e embebida por brasileiros de qualquer idade. (...) À princípio achei que você fosse mais um escritor de renome, como qualquer outro. Mas não. Foi o único que conseguiu mudar minha vida. Aliás, o único a quem eu posso dedicar todos os meus pontos finais, as minhas vírgulas, e aspas, e reticências... Aqui nesse meu jardim, por exemplo, já publiquei inúmeros dos meus versinhos, todos dedicados à você. (...) Sinto, por não saber mais de você, por ter descoberto tuas depressões à pouco tempo, e por não ter te acompanhado desde o princípio. Eu ainda tenho muito o que aprender sobre ti, e ainda tenho muito o que ler das tuas Pequenas Epifanias... Mas há tempo, há muito tempo pra que eu possa conhecer um pouco mais, e cada vez mais sobre você. E são por essas e outras Pálpebras de Neblina, que escrevo, e que tenho sede em ler, reler, e transler tudo o que já se escreveu até hoje sobre você. Em nome de todos os que se encantam cada vez mais com a tua obra, eu te agradeço, e te peço para que "só não se perca de mim". Saiba que, "na minha memória, tão congestionada, e no meu coração, tão cheio de marcas e poços, você ocupa um dos lugares mais bonitos." Te dedico: toda minha saudade e o meu amor de sempre.

Encantadoramente,
                     Karla Vivianne.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Amanhã é outro dia. Aprendi isso ontem.

É muito comum eu ouvir de certas pessoas: "Eu cansei de ver que tudo que eu fiz foi em vão. Que nada deu certo. Que não ganhei nada com isso". É triste ver que essas pessoas desistem facilmente a troco de nada. Desistir para que? Isso vai contribuir para que tudo que está sendo ruim agora, melhore depois que você desista? Se você não sabe o que fazer hoje, espere o dia passar. Talvez as coisas que sinta hoje, amanhã nem existam mais - ou não. Mas talvez também lhe sirva de aprendizado, lhe sirva de lição para que você possa ver certas situações com outros olhos. Para que saiba tirar proveito de cada coisa que lhe acontecer, sejam elas boas, ou - principalmente - ruins. Se o amanhã é incerto, desfrute do hoje, e relembre o ontem. E se o ontem não vale a pena ser lembrado, aprenda com ele que ontem é ontem, e amanhã é outro dia. A vida não é apagável. E nem tão pouco volta atrás. Ainda não construíram a máquina do tempo. E se você acha que viver se martirizando porque somente as futilidades te fizeram ver que você pode não servir para nada, você ainda não viu do que essas mesmas futilidades são capazes de mostrar o quanto vale a pena ver a vida com os olhos de quem sente, e não de quem apenas vê. (...) Faça dos seus princípios uma coisa chamada: perseverança. E transforme esse seu baixo astral, em um indestrutível impulso vital!


(Karla Vivianne)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sorrisos ao vento

Hoje, mais do que em qualquer outro dia, acordei hiperativíssima. Pulei da cama com uma enorme vontade de cantar, dançar, pular, e me fazer ver que vivo, e que vivo para mostrar para qualquer um à que vim nesse mundo. Deixei de lado as frustrações que me assombravam, os fantasmas que vezenquando me aparecem, e até as discussões perdidas. Deixei todos ao relento. Hoje, eu só queria saber de mim. Saber pôr em palavras tudo o que não cabía dentro de mim de tão estonteante que era - e ainda é, e espero que assim seja. (...) Eu lí versos do Caio logo pela manhã, bem cedinho: me inspirei ainda mais e compus versos, retalhando parte a parte do que sentia. No fim do dia já nem sabia o que descrever. Sabia que sentia, sim, disso eu tinha a mais pura convicção. E sabia que era cada vez mais doce e mais saboroso. (...)

"Soltava sorrisos ao vento e ouvia: uma hora eles voltam pra você"

(Karla Vivianne)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

E nessa de cuidar, vou cuidar de mim!

Queria tanto poder dizer tudo que até hoje ficou entalado na minha garganta. Ajoelharia, se resolvesse, aos teus pés só pra te dizer e te fazer ver o quanto eu sou - aliás, fui, e ainda sou - perdidamente apaixonada por você. (...)Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.

(Caio F. Abreu, adaptado por: Karla Vivianne)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Joara Magna ♥

Hoje, se eu pudesse te dizer tanta, mas tanta coisa, eu te diria. Acontece que o nosso tempo é curto, e às vezes nem se diz tudo que se tem pra falar. Num dia como hoje eu resolvi exatamente lembrar de como tudo começou, mas logo lembrei já te repeti tantas e tantas vezes como tudo teve início que já deve me achar um pouco clichê - e na verdade sou, quando o assunto é esse, mas enfim... Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, ou por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou precipitada demais, que coloco em palavras todo o meu "processo mental" (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir - um pouquinho, e de levinho, às vezes. Eu quero pelo menos te dizer metade do tanto que tenho pra te falar. Como por exemplo, te dizer que você ocupa um dos lugares mais bonitos em mim, e dizer mais: que agradeço todos os dias por ter uma amizade igual à sua: sem preço, sem tamanho, sem código de barras, sem defeito, sem imitações... E ainda te dizer que passei ótimos momentos contigo, durante 5, longos, adoráveis, lindos, e insuportavelmente alegres que passei dividindo cada pedaçinho de mim com você - e que eu sempre prometo transformar e reverter o número 5, pra 6, 7, 8, 9, 10..., até onde a lista de números puder evoluir. (...) Te agradecer, como sempre, sempre, e sempre agradeço por você ser um pedaço de mim. Obrigada por existir! Muito obrigada por estar presente quando eu mais precisei, por me fazer acreditar quando tudo parecia impossível. Obrigada por me permitir sonhar e me fazer rir, quando nada queria dar certo. Mas, sobretudo, obrigada por existir e fazer parte da minha vida!
Quanto ao 14 de fevereiro de 2011, só queria ressaltar que de 16 anos, 5 deles eu passei contigo, e tu sem muito me conhecer, me ofereceu uma coisa da qual eu te serei eternamente grata: que é ser tua amiga! E te lembrar também, que ao mesmo tempo em que tenho essa 'metade' de coisas pra te dizer, tenho também que te contar que eu te desejo - e acho que não só eu, mas como todos também que te amam - toda a felicidade do mundo! Que hoje você esteja e seja muito feliz! Que tu tenha um dia totalmente repleto de alegrias, luz, paz, e muito amor! É o que eu te desejo do fundo do meu coração... Ah, e além de inúmeras felicitações, queria te repetir uma coisa da qual eu tenho orgulho de pronunciar: EU TE AMO!

Feliz Aniversário! Que tudo de melhor aconteça na tua vida! Mil beijos, da tua best aqui ;*

Karla Vivianne

*Ps.: Quanto a foto aí emcima, eu acho ela tão fofa *-* Leva à mal não, mas pra mim é uma das tuas melhores fotos, sem falar que mostra bem como você é :) Beijos! *

sábado, 12 de fevereiro de 2011

You're not the right guy ♫

Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade.
Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. (...)
E têm sido assim durante todos esses anos. Talvez chegue o dia certo e tudo isso mude. Ou não.



I'm going to pretend that I never knew you
That you aren't the guy I liked...
'Cause you were so different
You've changed so much
I can't stay stuck on you
Like if you were the only guy in this world
The problem is I still love you ♫

*Música tema de Luti e Camila da novela TiTiTi - Tradução pra quem interessar possa: http://letras.terra.com.br/lu-alone/1667932/traducao.html*

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A vida lá fora, me chama!

"Ela também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!"

(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Você vai ser feliz!

"Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo , a montanha começa a diminuir e o unico jeito de deixá-la pra trás é continuar andando. Você vai ser feliz."

Ganhei esse mimo, da amiga Ana Maria, - uma linda flor - que até assustou-se quando eu a disse que estava com o brilho um pouco "ofuscado" por meros motivos fúteis - admito. E depois desse carinho, e dessa luz toda que ela me proporcionou, fiquei bem melhor! Obrigada Ana, por me fazer brilhar um pouco mais! Beijos ;*

(Karla Vivianne)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

It's all your fault!

Vez ou outra dão de aparecer as pessoas que menos quero ver, de uma hora para a outra. Outro dia mesmo, eu topei com aquele menininho do Shopping - aquele, da paixão avassaladora. E, você sabe, fingir que está tudo bem quando você quer dizer milhões de coisas para aquela pessoa, não é muito satisfatório. Além do que, a indignação toma de conta mesmo é quando você só sabe pronunciar um "tudo bem?". Confesso: não gostei de ter lhe visto, garotinho! Não mesmo! Você ainda é uma possibilidade minha, menino! Mas é uma possibilidade não verbalizada, aprenda isso! Preferia mil vezes que tivesse sido um dejavu. E, caramba, o que que você tem de tão intenso que me faz tremer até as veias do coração? Eu vou te confessar que depois de agir naturalmente contigo, e depois do "tudo bem?", aqui dentro todos os habitantes sofreram por conta desse terremoto que você causou. Que estrago! Agora só resta saber até quando. Até quando você vai ficar aparecendo para mim toda vez que eu brinco de te esquecer? Talvez essa pergunta eu me faça todas as vezes que você surgir do nada, e resolver me fazer tremer novamente!

"You don't be alarmed if I fall head over feet. You don't be surprised if I love you for all you are. I don't be able to help you. It's all your fault!"

(Maria Valentina)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Têm que ser bem bordado, Caio!

À dias não acordo com a voz do Caio no pé do meu ouvido... Sinto saudades, sim. Costumávamos conversar à beça. Aliás, costumamos - essa conjugação nos cai bem melhor. Falamos sempre das mesmas coisas: o que sempre me dá um ar de como se fosse a primeira vez. Passa de utopia, eu vos digo. Lembro quando ele escreve que a moçinha é PhD em desilusão amorosa: sempre é sinera demais nas relações e acaba se perdendo. Compreendo. Ela diz que odeia quando o amor se transforma em morbidez: ainda sim, a compreendo. É muito ruim quando o amor se transforma em algo doentio. Sai do controle, essa é que a verdade. Finaliza dizendo o quão é perigoso quando se coloca o coração nas mãos de um outro e pronuncia: "Toma, faz o que quiser!". Agora, já não a compreendo mais. Como é que alguém se desfaz de um coração tão facilmente, Caio? É preciso bordar um pouco as coisas, antes de sair entregando o coração pra qualquer um... E digo mais: têm de ser muito bem bordado, e muito bem feito esse crochê, antes que esse "dangerous" se torne tão maléfico assim. (...) Percebeu, que agora a conversa mudou o rumo, Cainho? Bom, não é? Espero que seja assim... Sempre doce, e bem bordado. Até o próximo encontro. Beijos, beijos com fé!

(Karla Vivianne)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Quentinho, quentinho, meu melhor cantinho


Acordei tão bem. Aliás, quero dizer, dormi tão bem! Despertei com o som das gotas de chuva caindo no teto da casa - outra vez. Confesso que não tive vontade de levantar pra ver o espetáculo que se fazia lá fora - embora eu admirasse tudo aquilo como sendo uma das melhores coisas que se pode ver com os próprios olhos. Aqui dentro, o calor me aninhava ainda mais: aconchegante. Coloquei os pés no chão, e caminhei em direção ao banheiro; lavei o rosto. Da porta, olhei pra cama, toda envolvida com aqueles lençóis brancos cheirando a jasmin, me chamando pra voltar. E voltei. Quentinho, quentinho meu melhor cantinho. Assim esperei a manhã passar. E a chuva também. Hoje eu estava afim de esquentar os pés naquele branco, branco esse que nem existe mais. Branco esse que vezenquando me surpreende...


(Karla Vivianne)