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domingo, 13 de março de 2011

Era uma relação bonita a daqueles dois...

"Doralice era uma menininha simples, de trejeitos complexos. Poucos a compreendiam. E entre os poucos, estava Joca, também muito simples, porém de uma ingenuidade quase que inabalável. Ela era como borboleta: aparentava ser a flor que o vento se dispunha a carregar e a levar para onde se destina. Vivia por apreciar a doçura do verbo viver. Era amante da família, e dava valor ao que realmente lhe importava: o amor. Em sua complexidade, a sua vissicitude era o que mais lhe caracterizava: estava sempre em mudança constante. O seu olhar transmitia o que, com a boca carnuda, não conseguia pedir. O seu sorriso, iluminava... Principalmente se este viesse cheio de fé, e conseguisse mudar subtamente a vida de um outro alguém. E quando esse alguém era o menino João Carlos, o encanto era visivelmente e, encantadoramente surreal. Ele, era especialista nos jeitos, bijeitos, trejeitos de Dora. Sabía do que ela mais gostava e até do que ela menos simpatizava. Era uma relação bonita a daqueles dois. Mal sabiam eles, que mesmo pequenos e, de certa forma, ingênuos, estavam diante da mais bela e mais simplória relação que já existiu. Ele, por ser inocentemente lindo, e ela, por ser utopicamente complexa: ambos padeciam de um sentimento cujo o 'objetivo' principal é fazer com que todos que o sintam, estejam passíveis às mudanças, às belezes, e aos prazeres que ele pode proporcionar."

(Karla Vivianne)

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