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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Carta ao meu pôr-do-sol"


Eu estava sem nada pra fazer, amor. Tinha faltado luz, energia elétrica, você sabe! Andei pela casa toda e vi que na varanda tinha uma rede no cantinho, de camarote pro pôr-do-sol. Voltei no meu quarto e peguei o lápis e o caderno, resolvi te escrever. Quando eu deitei na rede e senti o ventinho gostoso no meu rosto, lembrei de você... Olhei pro horizonte, e vi o pôr-do-sol alaranjado sorrindo pra mim! (...) Já com o caderno aberto, cá estou preenchendo essas linhas, me sentindo vida e, de uma forma absurda, nunca estive tão bem! E não pense, amor, que só porque a luz se foi por minutos, que resolvi te escrever. Não! Eu venho aqui todos os dias: me deito na redinha da varanda, vejo o plano de fundo que o pôr-do-sol faz, sinto o gostinho do vento, adormeço por alguns minutos. Mas em nenhum desses dias senti tanta vontade de te escrever como hoje. (...) E o tempo aqui vai mundando, amor: o meu pôr do sol foi se pondo, a minha lua foi chegando, e as minhas estrelas foram brilhando, e aquele ventindo bom, agora veio friozinho, com gostinho inigualável de chuva. E mais tardar, veio a garoa: linda, cheirosa e cheia de significados! Não fiquei pra ver a chuva toda, amor. Eu tive que ir porque se não iria gripar. Mas vontade tinha, e muita, de ficar debaixo daquele presente de São Pedro! (...) Pra finalizar, amor, espero que você esteja bem. E imagino que a sua noite tenha sido ótima com esse presente dos céus! Eu sei que você adora! Enfim... Tenho que acabar por aqui, deixei um chocolate quente me esperando! Mas volto a te escrever, amor! Fica com Deus!

Beijos de luz!

Maria Valentina

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